Além de demanda por obras mais sustentáveis, eventos esportivos de 2014 e 2016 têm impulsionado uso de estruturas metálicas, que demandam projetos mais afinados.
A presença do concreto e da alvenaria na construção civil brasileira ainda é predominante. No entanto, o quadro de obras com estruturas metálicas no Brasil tem crescido. Dados do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) apontam que a participação do material em obras no Brasil chegou a 14% em 2010. Há dez anos, esse segmento correspondia a apenas cerca de 5% de todas as construções realizadas no País. E as perspectivas para os próximos anos são de crescimento.
As expansões dessas obras foram fortalecidas em função da demanda gerada pelos eventos esportivos que o País recebeu em 2014 e receberá em 2016, segundo Fulvio Zajakoff, vice-presidente de coberturas metálicas da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem). Onze dos 12 estádios que foram construídos para a Copa de 2014, por exemplo, utilizaram estruturas metálicas. Outro setor que puxa a demanda para cima são as obras em aeroportos, onde a presença do aço também é forte.
As estruturas metálicas têm participação expressiva em empreendimentos onde grandes vãos precisam ser vencidos, como em obras de galpões industriais. Entretanto, a presença do aço como elemento estrutural tem sido forte também em residenciais de alto padrão e em edifícios de andares múltiplos.
Para alcançar vantagens como rapidez no tempo de execução e redução de desperdícios em obra, a construção com estrutura metálica precisa ser bem concebida desde o projeto arquitetônico. Como ela pressupõe que diversas frentes de serviços trabalhem simultaneamente na obra, os projetos executivos precisam ser minuciosamente detalhados e integrados.
A solução em aço como estrutura é, entre todos os sistemas construtivos, a que melhor atende às condicionantes de obras sustentáveis. As obras com estruturas metálicas, se bem concebidas, reduzem os custos com consumo de energia, reduzem desperdícios em canteiro e conseguem grande flexibilidade de uso dos espaços internos da obra.
Fonte: www.construcaomercado.pini.com.br